Don't Talk to Strangers

Tuesday, June 14, 2005

É como diria o ditado:

Nada como um dia após o outro!

E não é que Fernando Collor voltou às capas de revista?!
Nêgo deu oportunidade, o cara não vai deixar passar e, numa boa, num contexto geral, não está falando mentira não.

Não, sangue bão, eu não sou collorido ou qualquer coisa nesse sentido. A minha família tem até um certo histórico de apego ao jovem presidente caçador de marajás. Minha avó morreu aos 94 anos eximindo Fernandinho de qualquer culpa, afinal de contas "Aquela gente tudo rouba". Minha avó também sustentava teses como "Schumacher matou o Senna", "Vou amarrar as pernas dos jogadores pro Brasil ganhar", entre outras - GRANDE VOVÓ!! Que saudades!!!

Mas voltando... Não sou collorido, mas, se não se pode dizer que ali é tudo farinha do mesmo saco, ao menos podemos dizer que o saco de farinha ruim é bem mais volumoso. E o papo do poder corromper acaba existindo mesmo. Não acho que Lula e Collor sejam iguais, mas o nosso presidente, uma vez íntegro e defensor da moral, parece ter adotado a postura dos fins que justificam os meios e fez vistas grossas para o mensalão.

Na estrevista, Collor diz que naquele meio não se pode fraquejar, que é utópico um governo de coalisão nacional e que Lula está sofrendo a tentativa de um golpe de natureza semelhante ao que ele sofreu. É aí que ele tem razão. Se o cara teve culpa ou não, se ele é um corno filho da puta, já são outras questões. Interesses diferentes nesse nível do jogo condiciona um desejo intrínseco pelo fracasso de quem governa. Se o cara for um corrupto, precipita ainda mais a sua derrocada (como foi o caso do Fernandinho). Ou seja, ninguém ali é santo, ninguém luta pela melhora do Brasil, mas pelos objetivos pessoais, Roberto Jefferson não vale pourra nenhuma (ninguém que emagrece rápido daquele jeito merece a minha confiança) e o Severino é feio pra caralho. Trata-se de um jogo perigoso, com um altíssimo grau de envolvimento entre aqueles que fazem aprte dele. Jefferson não ia descer sozinho e jogou no ventilador.

Hoje, Collor, pra não perder a majestade, afirma que, apesar de Lula ter sido um dos grandes articuladores de sua queda, ele não deseja o Impeachment do presidente. Ele sabe bem como é, sabe que o Lula é íntegro e isso seria prejudicial à nação. Nada como um dia após o outro...

Eu ri de chorar com essa entrevista.